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Erasmo, Livre-Arbítrio e Salvação [E. Gordon Rupp e Philip S. Watson]


Não se Pode falar de reforma no século 16 de forma singular.

É mais acertado empregar a expressão "reformas", assim mesmo, no plural. Afinal, inúmeros projetos buscavam atrair a atenção daqueles que ansiavam por mudanças na igreja e na sociedade daqueles tempos. Ainda que o nome de Lutero seja sempre lembrado, muitas vozes, antes e depois dele, canalizaram a insatisfação presente tanto nos círculos acadêmicos como nas camadas populares.

Entre elas, destaca-se a de Erasmo de Roterdã (1465/1469?-1536), holandês de nascimento, porém cidadão europeu ou do mundo, por opção. Suas duras críticas ao clero, incluindo a alta hierarquia católica, à teologia medieval e às devoções do povo simples, sem dúvida, alimentaram o desejo pelas reformas.

Daí o comentário, corrente desde então, de que Erasmo havia colocado o ovo, mas coubera a Lutero Chocá-lo. O fato é que o programa humanista foi além disso.

O retorno às fontes cristãs (Bíblia e Pais da Igreja), a valorização da simplicidade evangélica, a ênfase na educação e a ênfase na espiritualidade interior são apenas alguns aspectos que foram assimilados por outros reforma reformadores.

Com frequência, tais contribuições têm sido negadas em função da polêmica com Lutero. Sem negar a graça, Erasmo não quis sacrificar a responsabilidade humana. Agora, com essa tradução, o público brasileiro pode julgar Erasmo em seus próprios termos.

José Carlos de Souza
Doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo.

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